segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tryout São Paulo Storm: Futebol americano é coisa de brasileiro


Com exclusividade, o Play-action NFL cobriu o Tryout-2011 do São Paulo Storm, time de futebol americano no Brasil no estilo full pads, que contou com mais de 100 aspirantes a jogador do esporte.

Divulgação: São Paulo Storm
“Faz uns quatro, cinco anos que tenho contato com o futebol (americano) no Brasil e, a cada ano, acontece um salto fantástico. É um país que quer muito evoluir”, palavras de Karl Watts, que é coordenador da linha ofensiva do São Paulo Storm.

O inglês, que vive no país a mais de 10 anos, ainda sustenta a possibilidade de um brasileiro na NFL. “Hoje, o Brasil ainda não tem essa condição, porém, entre cinco e dez anos, vejo um brasileiro chegando lá”.

Como todo começo de ano, o Storm realizou seu tryout para dar oportunidade para novos talentos ingressarem ao time. Cerca de 100 pessoas compareceram para tentar uma vaga, como o jovem Felipe Lanano, de 16 anos. “Jogo desde 2008 e joguei no Jundiaí Rusters. Não sei como funciona a ‘peneira’ aqui, mas tentarei para wide receiver”, afirmou confiante.

Realizado em apenas um dia, o tryout não tem limite de pessoas, podem tanto passar 10 como todas, e é feito em duas partes, como explica o diretor esportivo Lucas Salomé. “A primeira parte é coletiva, e serve para avaliar como os candidatos estão fisicamente. Já a segunda é mais específica, e separamos os jogadores por peso. Lá, testaremos a impulsão vertical e horizontal, tiro de 40 jardas, flexão, agilidade e arremesso da medicine ball”.

Antes mesmo do início, o presidente do time, Rodrigo Fernando Salomé, deu boas vindas aos candidatos, que, sentados, observam-no discursar sobre a história da equipe, os objetivos para esse ano e como será feita a escolha dos jogadores.

“Aqui, não queremos apenas os melhores jogadores, mas também as melhores pessoas, pois assim teremos um grande time. Aqui, todo mundo é igual”, afirmou.

Porém, essa receptividade é recente. Antigamente, os pretendentes ao clube passavam por coisas, digamos, bem mais complicadas.

“Quando fiz o tryout, ficavam gritando, fazendo pressão, não tinha esse tipo discurso”, afirmou o full back Murilo Carvalho, 25. Ele também explica a mudança da postura. “Por conta dessa pressão, perdíamos bons jogadores, pessoas com potencial que desistiam porque era muita pressão no tryout. Agora, pegamos pessoas que se comprometem com o time e o esporte”, concluiu.

Mas não pense que o teste está fácil! Os candidatos passam por uma prova que envolve correr pelo campo, séries de flexões, pulos... tudo leva de 4 a 5 horas, embaixo de um sol escaldante. Uma das provas mais curiosas foi carregar uma pessoa do seu peso até o outro lado do campo. Teve candidato que não agüentou e, inclusive, vomitou.

O resultado sai já nessa semana, embasado em números.

“Nós usamos o sistema sparq, que consiste em pegar a altura e o peso do jogador e dividimos pelos números alcançados por ela. Vi muitos atletas que tem potencial para ficar no time, só pelo físico, porém temos que ver os números. Os números não mentem, e, de lá, tiraremos os melhores”, explicou Karl Watts.

Matéria por Fabio Gomes

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3 comentários:

  1. Vou falar pra você, sol escaldante, local foi difícil de encontrar, muita gente, sem almoço...Foi difícil fazer essa seletiva, porém, dei meu máximo e aguentei firmemente com minha camiseta número 58 ! Só espero os resultados agora...sinto as dores ainda, 2 dias depois ! haha mas, mesmo que eu não passe, VALEU A PENA !

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  2. Hahahahaha, eu também não sinto minhas pernas, ta tudo dolorido!
    Mas foi uma experiência e tanto.

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  3. Gostei muito da garra dos inscritos!

    Com certeza teremos grandes reforços!

    Ansioso pra saber quem passa! ^^

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