Algumas dúvidas surgiram nestes últimos dois dias sobre o que está acontecendo na NFL, sobre a greve e sobre o que pode acontecer com o futebol americano este ano. Tentamos resumir tudo no texto abaixo.
A briga entre a NFL e a NFLPA (Associação dos jogadores) começou a ganhar grandes proporções pouco antes do Super Bowl desse ano. O fim do CBA – Collective Bargaining Agreement (Contrato de Barganha Coletiva) é o nome do documento que garante direitos monetários no contrato do jogador com a franquia – estava próximo, e as negociações começaram.
Os motivos da discussão eram (são): o aumento dos jogos da temporada regular de 16 para 18; melhores benefícios para os jogadores aposentados; uma nova escala salarial para os rookies (calouros); e um dos principais: a divisão dos US$ 9 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) que a NFL gera por ano.
Os donos das franquias queriam duplicar seu faturamento, que era de US$ 1 bilhão no acordo anterior. Para isso, fizeram uma proposta de dividir em 56-44%, contudo os jogadores desejam, pelo menos, 50% desse valor ou que os donos dos times mostrem provas financeiras, o balanço anual dos últimos anos, para entender por que as franquias deveriam receber mais.
Depois de longas negociações, e de duas extensões de prazo, o contrato acabou nesta sexta-feira e, com isso, a NFL deveria “fechar as suas portas” para os jogadores. Porém, a NFLPA se dissolveu, saindo das negociações, e deixando os atletas por conta própria.
Assim, um grupo de 10 jogadores liderados por Drew Brees, Tom Brady e Peyton Manning, entrou na justiça com a intenção de “obrigar” a NFL a continuar operando.
"Mas por que a NFLPA acabou?" Você deve estar se perguntando. Em resumo: para que os jogadores pudessem entrar na justiça contra a NFL por seis meses após o fim do acordo (o CBA não permitia isso) e para que eles ficassem sob a jurisdição do Juiz David Doty, da Corte Distrital dos Estados Unidos.
Eles preferiram ficar sob a jurisdição de Doty, pois, no passado, ele foi favorável aos jogadores em outros casos.
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A NFLPA não se dissolveu. Apenas se declarou inapta a representar os jogadores na continuidade das negociações do novo CBA e, com isso, recomendou que os jogadores entrem com ações individuais contra a NFL e os donos dos times por causa do lockout.
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