De astro do College, passando por promessa da NFL, até chegar a jogador aposentado de uma Liga amadora de Baseball com 26 anos. Conheça a história de Pat White, uma das grandes promessas do futebol americano que não conseguiu vingar.
Pat White foi um desses fenômenos do esporte que raramente aparecem. Quando chegou ao final do High School, ele era destaque como quarterback e considerado um dos melhores jogadores de Baseball de seu estado, o Alabama.
De tão bom, foi draftado pelo Anaheim Angels (hoje Los Angeles Angels) para jogar na MLB (a principal Liga de Baseball dos EUA), mas decidiu pela sua outra paixão, o futebol americano.
"Foi uma decisão dura para mim na época, se iria estudar e jogar o College Football ou se tentaria uma carreira como jogador de baseball profissional. Mas, no fim, a emoção do futebol americano na faculdade me atraiu mais", afirmou no Combine de 2009.
Agora, tinha que escolher. Para onde ir? Auburn, Kentucky, LSU... diversas faculdades queriam contar com o garoto, que escolheu a West Virginia, recebendo a promessa de mais chances como QB.
Seu primeiro ano começou "devagar", já que dividia a posição com Adam Bednarik. Porém, isso foi apenas até o sétimo jogo do campeonato, quando Bednarik saiu contundido, deixando o campo com a WVU perdendo por 24-7 para Louisville. Então, White entrou no jogo e contando com a ajuda de outro calouro, Steve Slaton (hoje no Houston Texas), virou a partida para 46-44, com direito a três prorrogações. Essa foi apenas a primeira de muitas grandes atuações.
Com o jovem começando entre os titulares, os Mountaineer (apelido da West Virignia) ganharam todos os seus jogos restantes, conquistando o título da Conferência Leste. Na final do Sugar Bowl, em 2006, ele brilhou mais uma vez contra o Georgia Bulldogs, que jogavam em casa. White lançou passes para 120 jardas, conseguiu 77 correndo com a bola e West Virginia venceu por 38-35, sendo essa considerada a maior vitória da história da Universidade.
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| Torcedora com um cartaz: "Meu namorado quer que eu tenha um filho de Pat White" |
Nessa temporada, ele também atingiu um feito inédito: conseguiu 952 jardas correndo, sendo que sete dessas corridas terminaram em touchdown, recorde histórico para um QB tanto na Big East (nome da Conferência Leste) tanto para a WVU.
Essa foi apenas a primeira de quatro temporadas espetaculares que o camisa cinco teve com a Universidade, conquistando todos os títulos possíveis (dos quatro Bowls que disputou, venceu todos!), se destacando individualmente e quebrando diversos recordes. Talvez, o principal deles seja ter se tornado o sexto QB que mais vezes venceu jogando como titular na história da NCAA. Contundo, ele nunca foi escolhido para o NCAA All-American e nunca poderá entrar no College Football Hall of Fame.
Após essa passagem mais do que vitoriosa, ele foi convidado para participar do Senior Bowl. Trabalhando sob os olhares de vários head coaches, ele se sagrou o MVP e, no Combine, conquistou a admiração do Miami Dolphins, que o draftou na segunda rodada de 2009. Foi o início do fim.
Com um contrato de quatro anos, o general manager Jeff Ireland afirmou que o jovem seria usado na fomração wildcat e como um recebedor. Ele demorou para ter uma chance de brilhar, até que chegou a partida contra o New England Patriots. Em formação shotgun, ele teve a oportunidade de lançar e fazer a jogada, porém decidiu ficar com a bola e correr 33 jardas até ser parado. Quando 21 de dezembro de 2009 chegou, ele havia feito três passes, nenhum deles completos.
Ele seguiu seu primeiro ano apagado. Notícias começaram a correr dizendo que ele não conseguia acertar um lançamento nos treinamentos e uma troca de posição poderia ser a solução. Estrela por quatro anos durante o College como QB, ele não aceitou e foi liberado do time antes da temporada de 2010. Decepcionado, ele procurou abrigo no beisebol, assinando contrato com o Kansas City Royals. Jogando pela Arizona Instructional League, mais uma vez, ele falhou, se aposentando de seu segundo esporte em dois anos, com apenas 26 de idade.
Equipes como o Yankees e os Reds, em 2009 e 2008 respectivamente, ainda tentaram draftar o garoto, que sempre deixou o beisebol como segunda opção. White é um atleta com diversas qualidades, talvez alguém que o guie direito possa ajudá-lo a encontrar seu lugar. Seja no futebol americano, seja no beisebol, um talento assim não pode acabar.
Abaixo, um video dos tempos de Pat no College. O que será que aconteceu?
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