terça-feira, 2 de agosto de 2011

NFL Chronicles especial Randy Moss


Um dos maiores wide receivers da história está dizendo adeus. Randy Moss, que marcou história com a camisa do New England Patriots, anunciou na última segunda-feira (1) sua retirada dos gramados de futebol americano. Conheça agora sua história.


“Depois de ver suas opções e analisar algumas ofertas, ele decidiu se aposentar”. Foi assim que Joel Segal, agente de Randy Moss, anunciou o fim de uma carreira de 13 anos na NFL. Uma carreira que, com certeza, o levará ao Hall da Fama.

Moss cresceu em West Virginia e estudou na DuPont High, uma escola local. Lá praticou basquete e beisebol, mas foi no futebol americano que fez seu nome, liderando o DuPont Panthers (nome do time do
colégio) ao título estadual em 92 e 93. Além de wide receiver, atuava como defensive back, retornador de kickoffs, de punts e era o kicker oficial da equipe. Como não poderia ser diferente, foi melhor jogador do estado de West Virginia em 94 e, em 2009, foi considerado um dos 50 melhores atletas de high school da história do futebol americano. Tá bom pra você? Não para Moss!

Em 93 e 94 ele foi considerado o melhor jogador de basquete do estado e correu os 100 e os 200 metros pelo campeonato de West Virginia, sagrando-se campeão. Contudo, seu drama fora dos gramados começava. Primeiro quase foi preso por delinquência e, mais tarde, acabou ganhando 30 dias de cadeia, que deveriam ser pagos ao final do colégio, por espancar um garoto. Tudo isso culminou com sua expulsão da Dupont.

Acabou se transferindo para Cabell Alternative School, onde terminou seus estudos. Seu objetivo, agora, era ir para a Universidade de Notre Dame. Moss até assinou um documento para estudar na prestigiada faculdade, mas sua prisão o fez ser deixado de lado. Acabou indo para Florida State, que tinha fama de recuperar jogadores problemático.

Por conta deste documento, perdeu seu primeiro ano, 1995, pois a NCAA considerou seu “desligamento” de Notre Dame uma transferência. Em 96, quando finalmente faria sua estreia pela Florida, testou positivo em maconha e, mais uma vez, foi afastado.

Então ele acabou na Universidade de Marshall. Como a faculdade estava na I-AA (segunda divisão do campeonato universitário) a NCAA permitiu sua transferência e ele, finalmente, pode jogar futebol americano. Em 1996, Moss quebrou diversos recordes da I-AA como mais jogos com recepção para TD (14), mais recepções para TD em uma temporada (28) e muitos outros. Tudo isso levou Marshall a Divisão I-A (primeira divisão).

Seu talento ajudou a faculdade a conquistar a Mid-American Conference no ano seguinte. Contudo, no Ford Motor City Bowl, não conseguiu vencer Ole Miss, caindo por 34-31. Mas seu esforço não foi em vão, e o WR terminou o ano como finalista do prêmio Heisman (melhor jogador da faculdade), perdendo para Charles Woodson. Um certo QB chamado Peyton Manning também foi um dos finalistas.

Tudo levava a crer que Moss seria uma das primeiras escolhas do Draft de 1998 e ele realizaria seu grande sonho: jogar pelo Dallas Cowboys, seu time de infância. A franquia, que tinha a oitava escolha, queria o WR, mas seus problemas extra-campo preocupavam e o time preferiu deixá-lo passar. Acabou sendo apenas o 21ª escolha, do Minnesota Vikings e, desde então, sempre deu show quando jogou contra Dallas.

Logo em seu primeiro ano ajudou os Vikings a ter o melhor ataque da NFL, foi nomeado rookie ofensivo do ano, jogou o Pro Bowl e chegou até a final da NFC, perdendo para o Atlanta Falcons por 30-27.

De 98 a 2003, Moss só perdeu o Pro Bowl de 2001. Tudo corria tranquilamente, até que 2004 chegou. Em uma partida contra os Redskins, o WR deixou o campo com 2 segundos ainda no relógio e começaram as criticas. Sua temporada era fraca e culminou com sua saída para o Oakland Raiders. A franquia acreditava que Moss poderia melhorar seu fraco ataque, mas as contusões não largaram o jogador. Em 2007, ele foi trocado mais uma vez.

Moss chegou aos Patriots cercado pelas duvidas. Ninguém sabia se ele seria o atleta do sensacional dos Vikings ou o contundido dos Raiders. No primeiro jogo contra os Jets, ele deu a resposta: nove recepções para 181 jardas.

Foi um dos grandes nomes que levaram a franquia ao Super Bowl com a campanha perfeita, sem uma derrota sequer. Ele, inclusive, quebrou o recorde do mito Jerry Rice de mais recepções para touchdown em uma única temporada, marcando 23 vezes. Contudo, o destino e o New York Giants não permitiram que Moss ganhasse um anel, e seu time perdeu por 17 a 14.

Ele continuou jogando bem em 2008 e 2009, mas em 2010 o casamento com os Patriots acabou. Em seu último ano de contrato, não recebeu nenhuma proposta de extensão e sentindo-se ignorado, pediu para sair, voltando para Minnesota.

Em quatro semanas conseguiu arrumar confusão com todo o time e o técnico, o que o levou para o Tennessee Titans. Lá começou apenas quatro jogos e não marcou um touchdown sequer. Foi o ponto final.

Polêmico, arrogante e genial. Moss encerra sua carreira com uma série de recordes, o mais impressionante é mais temporadas com 17 ou mais recepções para TD: 3 (98, 03 e 07). Um jogador que fará falta.



Isso é Randy Moss:

“Em muitas maneiras, ele foi o Michael Jordan da parte ofensiva do futebol americano”, Leslie Frazier, técnico do Vikings.

“É o wide receiver mais inteligente que já vi. Além de fazer a sua rota, ele consegue perceber o que todos os outros jogadores estão fazendo em campo”, Bil Belichick, técnico do New England Patriots.

“Eu acho que jamais verei outro jogador fazer o que ele fez em campo”, Jim Kleinsasser, tigh end dos Vikings

“Não existe um jogador nesta Liga que coloque mais medo nos adversários que Randy Moss” – Brett Favre, ex-quarterback.

“Ele é um cara que muda defesas. Você tinha que por dois caras nele para tentar tira-lo do jogo”, Antoine Winfiel, cornerback do Vikings.

"Eu jogo quando eu quiser jogar", Randy Moss.

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Um comentário:

  1. Eu ia comentar sobre esse video, ainda bem que colocaram aqui já! esse video diz tudo, a vontade de ganhar ele pedindo a bola! Esse e´o sinal que você precisa pra confirmar que o cara é um craque! o cara fez coisas que eu até rio,umas 1handed catches em que ele nem muda a expressão do rosto.Agora quanto a problemas extra campo, acho que isso de forma alguma muda o GÊNIO que ele foi, e de forma alguma deveria influecia sua ida para o hall da fama.O gênio dele, o modo como ele se comporta,fora de campo é problema dele. É como quando falam de Michael Jackson, querendo citar os problemas da vida. Leva só o que o cara joga em conta.

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